1.2.09

RIQUEZA DE UMA CIDADE POBRE

Encontrar-se-á aqui em Felício dos Santos um povo humilde, porém com uma imensa riqueza que, muitas vezes, nem ele mesmo percebe.

O mundo de concreto armado não existe aqui, mas exuberantes paisagens a cada instante: a Cachoeira, o Sumidouro, a Mata do Izidoro, o Lajeado, a Água Quente e muitos outros lugares menos conhecidos e igualmente maravilhosos. Nesse pequeno universo, se ouvem o sabiá e demais passarinhos com sonoras e inconfundíveis canções livremente flutuando em todos os quintais. Pela manhã, no centro da cidade ou na roça, galos saúdam o amanhecer e, à tardinha, a saracura, o nhambu e outros pássaros vespertinos despedem-se do dia com maravilhosas e tristes melodias.

Vê-se ainda invejável saúde d
essa gente que respira o ar puro dos escolhidos. Embora sem médicos e demais profissionais da área, em cada rosto saudável deslumbra um semblante de satisfação e alegria. Ainda é comum o chazinho de plantas caseiras, de raízes campestres. A alimentação, não muito diversificada como em outros centros, faz do feijão com angu um saboroso e nutritivo prato, sem os perigosos e devastadores agrotóxicos que envenenam a cidade grande.

Há diversão também. Poucas opções, é claro. No entanto, muitos sentem-se num grande shopping ou no mais imponente clube recreativo metropolitano. Seja num joguinho de truco, no futebol não muito organizado e em locais pouco apropriados, seja nos bailes onde o forró é a grande atração ou simplesmente na igreja para pedir ou agradecer a Deus pela sua vida e de outrem.

Outro fator de orgulho para nossa gente é a Escola. Mesmo com toda dificuldade, ela nada fica devendo aos melhores estabelecimentos públicos de nosso Estado, acima de tudo, pela satisfação presente no ensino-aprendizagem. Muitas vezes, o aluno ou mesmo o professor se vêem num imenso vazio quando uma turma se aproxima do último degrau de nossa escada. Sabem também que o topo ainda se encontra muito distante, em lugares desconhecidos, às vezes, inalcançáveis. Além do mais, felizmente encontramo-nos bem distantes do corre-corre e da violência que desumanizam os grandes centros.

Um comentário:

Carlos Henrique Costa disse...

Beleza essa cidade realmente. O que importa é a felicidade de estar junto com pessoas simples.

Carlos Henrique Costa
Goânia - Góias